Hoje vamos falar de Antonio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, o Belchior! (✪ 26/10/1946 – † 30/04/2017)
Nasceu em Sobral, Ceará em 1946. Na sua infância estudou música e trabalhou na rádio da cidade. Seu pai tocava flauta e saxofone e sua mãe cantava no coral da igreja. Um ambiente propício para virar um artista consagrado. Estudou Filosofia e Humanidades e começou medicina, mas abandonou antes de se formar pra se dedicar à essa arte maravilhosa que é a música!
De 65 à 70 tocou em vários festivais do nordeste, e em 71 que levou seu primeiro prêmio com a música “Na hora do almoço” que na ocasião foi interpretada por Jorge Melo e Jorge Teles.
No ano seguinte, Elis gravou sua música “Mucuripe” que mais tarde também foi gravada por Roberto Carlos. Era uma parceria com o Fagner e que foi fundamental pra que sua carreira começasse a deslanchar. No mesmo momento também se iniciava um movimento chamado “Pessoal do Ceará” e tinha nomes como: Fagner, Ednardo, Rodger Rogério, Téti e Cirino.
Em 74 lançou seu primeiro disco, “A palo seco”. Inclusive a música que tem o título do CD foi reinterpretada pelo Oswaldo Montenegro e Los Hermanos.
Alguns artistas que gravaram músicas desse monstro sagrado foram: Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Engenheiros do Hawaii, Wanderléia, Jair Rodrigues, Los Hermanos, Guilherme Arantes, Arnaldo Antunes, Oswaldo Montenegro, Fagner, mas a maior interprete de suas músicas foi a Elis Regina.
Dois discos que levam destaque em sua carreira são: Alucinação e Coração Selvagem. Neles estão sucessos como: “Apenas um Rapaz Latino Americano”, “como nossos pais”, “Velha roupa colorida”, “Sujeito de Sorte”, “Era uma vez um Homem e seu tempo” e “Elogio da Loucura”.
Com certeza as músicas dele vão começar a tocar de novo, pois essa é a única parte boa de quando um artista morre. Suas obras vão novamente ficar em evidência e quem não conhecia, tem essa oportunidade.
A parte complicada de sua carreira, foi mais para o final dela. Com o passar dos anos, e a pouca procura de shows, ele foi se endividando de uma forma descontrolada o que o levou a um auto exílio. Tem muita coisa por aí que diz que ele fugiu pra um povoado no Uruguai e isso é verdade, mas não posso afirmar que a palavra “fugiu” seria a mais apropriada. O que sabemos é que nesse período ele se afastou da família, dos empresários, dos amigos e também finalizava um trabalho de tradução da “Divina Comédia” (de Dante Alighieri)
O fato é que infelizmente ele morreu no dia 30 de abril de 2017 por perder muito sangue pois sua principal artéria rasgou, a veia aorta.
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