Vem comigo jovem! Hoje vamos falar de Angenor de Oliveira, o Cartola! (✪ 11/10/1908 – † 30/11/1980)
Cartola nasceu no dia 11 de outubro de 1908 e passou sua infância no bairro de Laranjeiras. Apesar de ter estudado só o primário, esbanjava cultura.
Foi morando no morro da Mangueira, onde ele começou a frequentar as rodas de samba e virou aquele cara boêmio.
Com quinze anos trabalhou como tipógrafo e pedreiro. E na mesma época usava um chapéu, e assim surgiu o apelido de Cartola.
Em 1926, com dezoito anos seu pai colocou ele pra fora de casa e foi morar sozinho num barraco. Mais pra frente passou a morar com Deolinda, que era uma vizinha que ele teve um afeto.
Cartola foi um dos fundadores da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, ele que sugeriu o nome da escola e as cores.
O primeiro samba da escola foi o “Chega de Demanda” e de sua autoria, claro! O morro da Mangueira lhe proporcionou conhecer Carlos Cachaça que se tornou seu parceiro em várias composições.
Na década de 30, suas músicas foram interpretadas por nada mais nada menos que: Carmem Miranda, Sílvio Caldas, Araci de Almeida e Francisco Alves. Tá bom pra você?
E se você não conhece Cartola, pode desconsiderar o seu conhecimento de samba. É impossível falar de samba sem falar em Cartola. Já ouviu falar em “As Rosas não Falam”, “O Mundo é um Moinho”, e “O Sol Nascerá”? Todas são composições desse mito.
Cartola também não foi exceção, como muitos artistas, passou por um perrengue. Com a morte de Deolinda, saiu do morro da Mangueira e deixou a música de lado por algum tempo, ou melhor, alguns anos. Foram sete anos lavando carro e trabalhando como vigia.
Já em 1956, um jornalista chamado Sérgio Porto, resgata Cartola, dá aquela força, um incentivo e ele volta a compor.
Cartola conheceu Dona Zica que foi sua parceira amorosa e de empreitada. Abriram um bar juntos chamado Zicartola, que era ponto de encontro dos sambistas no Morro da Mangueira, mas não durou mais que 2 anos.
Mesmo assim passou gente grande por lá hein? Paulinho da Viola, Nara Leão, Nelson Cavaquinho, e por aí vai.
E será que ele era mulherengo? Em uma entrevista ao jornal “Última Hora”, cartola se abriu dizendo que era viciado em beber, fumar, tocar violão e correr atrás de um rabo de saia. Ainda disse que preferia as mais velhas pra evitar filhos e porque tem mais juízo.
E antes de fechar essa biografia, vou deixar minha sugestão para vocês ouvirem a música “As Rosas Não Falam”, um clássico do samba que foi feita quando ele tinha 67 anos.
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